quarta-feira, 23 de abril de 2008

Por eu amar-te tanto...

Por eu amar-te tanto...

Que culpa tenho eu de amar-te assim?

Que culpa terás tu de o não saberes?

Quem adivinha o que se passa em mim?

Como adivinharei o que tu queres?



Oh! corações secretos de mulheres!

Oh! minhas ilusões mágoas sem fim!

Porque hei-de eu ter só mágoas, não prazeres?

Será por tanto amar-te, querubim?


Tudo que à luz da Natureza existe

Alegre num momento e noutro triste

... E eu sou tristeza sempre, sempre pranto...


O mais humilde verme que rasteja

Um outro tem que o ama, afaga e beija,

... E eu nada tenho por amar-te tanto...

Rui de Noronha

Sem comentários: